quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Aperta o garrote

André Macedo escreveu no DN uma análise que resume o que eu tenho dito nos últimos tempos no que diz respeito à máquina fiscal. A complexidade que se foi acumulando com medidas avulsas ou de “emergência” politica, fiscal e social tem que ser eliminada para bem de todos. Digo isto porque se o sistema fiscal for simplificado conseguir-se-ão reduzir custos de gestão que o Estado pode redireccionar para outras áreas (Saúde!!!). Contudo, tal como André Macedo, defendo que a eliminação das deduções fiscais tenham uma repercussão positiva nas taxas de IRS e que só assim farão sentido, caso contrário estaremos a observar um novo aumento de impostos que asfixiará novamente a classe média. Os cortes feitos da forma que foram anunciados pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar vão, infelizmente, no sentido da redução dos rendimentos da classe média sem a respectiva contrapartida.

Para já, como nota André Macedo, as únicas medidas tomadas por este Governo centram-se na receita e resumem-se a aumentos de impostos. O “ataque” à despesa fica, inexplicavelmente, para 2012.

Compreendo que o Governo tenha que tomar medidas difíceis para a população mas é preciso que não se tomem apenas as medidas fáceis para o Governo. Para isso, qualquer badameco podia ser eleito ministro das finanças, não precisávamos de ir buscar um iluminado.
Adicionalmente, Passos Coelho já afirmou que não pensa criar um imposto sobre as grandes fortunas. Alguém pensou que a direita o faria? Alguém pensou que Passos Coelho o poderia fazer? Eu não.

André Macedo finaliza o artigo com um alerta: “Gaspar que não nos defraude”. Neste momento, só há uma hipótese deste Governo não me defraudar e demonstrar alguma boa-fé de que não continuam apenas a ser os campeões da riqueza e poder instalados. É urgente e prioritário terminar com o regabofe na ilha da Madeira. Há razão, há conjuntura, há necessidade imperiosa.

Haja também coragem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é... Eu infelizmente não estou optimista ( ou otimista). O corte na despesa tarda em aparecer... E agora para alegria de todos, ate as empresas publicas passaram a ser lucrativas. Haja paciência....(e não estou a falar do Sporting)

M&M