domingo, 17 de outubro de 2010

"Mandar tudo para o espaço"




Estou a imaginar uma nave espacial em direcção ao sol... a sair da atmosfera... vultos olham para baixo pelas pequenas janelas redondas, para o planeta terra, cada vez mais distante, cada vez maior para aqueles que até agora a julgavam pequena como eles próprios. Olham pela janela com um misto de surpresa, melancolia e resignação, por saberem que o seu destino é o sol e que não há retorno possível. Decoram os contornos dos continentes, observam as massas nebulosas, um pequeno furacão sobre o pacífico... o azul intenso do planeta... a nostalgia de ser este o último olhar sobre o planeta que os viu nascer e ao qual não poderão regressar...
e diz o Passos Coelho: olha agora o que me apetecia era ouvir Adagio for Strings. Olha... isso era porreiro pá, mas eu preferia ouvir o Air de Bach responde o Sócrates, parece-me mais apropriado pelo facto de estarmos a voar tão alto... Epá, mas vocês não se entendem nem aqui, pergunta Cavaco, enquanto o Alegre resmunga se fosse comigo isto não seria assim... Gera-se o silêncio e de repente ouve-se um bip bip, bip bip... Ah, possas, diz o Portas, não desliguei o reminder do telemóvel para não me esquecer de ir à feira do bulhão...

1 comentário:

Ana Clara disse...

Brilhante! Tu devias mesmo mudar de profissão... :) Beijinhos