sábado, 28 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Is this Ireland?!
Local: Dublin, Irlanda. Cruzamento com um pub numa esquina, um edifício abandonado na esquina oposta, um edifício inescrutável à esquerda e uma loja de jogos de tabuleiro à frente. Ao lado da loja de jogos está uma loja de conveniência.
Atravesso a estrada e aproximo-me da montra para observar os jogos. Eis que um irlandês se aproxima vagarosamente, a raspar com o corpo na parede. Na realidade não raspava o corpo porque vestia uma sweater vermelha com capuz por cima de uma t-shirt branca; olhar fixo no infinito, neste caso no fundo da rua, avançava periclitante na minha direcção, garrafa na mão oposta à parede onde apoiava a sua progressão. Chegado à montra do estabelecimento dos jogos terá perdido o resto das forças ou da dignidade e encosta-se de costas contra o vidro. Lentamente, sem mover um músculo que fosse, provavelmente sem noção de que a gravidade é uma força omnipresente no nosso planeta, começa a deslizar para a esquerda, como se fosse um ponteiro do relógio a inverter a sua marcha, passando pelas 23 horas, deslizando para as 22 horas, sempre a deslizar encontrado ao vidro continua para as 21, para as 20, 19 e pumba, eis que encontra o chão onde fica sem apelo nem agravo, sem uma tentativa de se mexer, de levantar a cabeça sequer, mas de olhos abertos, como se estivesse consciente no interior e o corpo não respondesse aos impulsos nervosos.
Nota: não largou a garrafa em momento algum.
Eu, a 50 centímetros da cena não me mexi, fiquei a ver a cena como se se tratasse de um filme do Joaquim de Oliveira...
Priceless: movimento counterclockwise com uma garrafa na mão:
| -> de costas para a parede
\ -> firme e hirto mas em slide
_ -> firme e histo mas esparramado
Atravesso a estrada e aproximo-me da montra para observar os jogos. Eis que um irlandês se aproxima vagarosamente, a raspar com o corpo na parede. Na realidade não raspava o corpo porque vestia uma sweater vermelha com capuz por cima de uma t-shirt branca; olhar fixo no infinito, neste caso no fundo da rua, avançava periclitante na minha direcção, garrafa na mão oposta à parede onde apoiava a sua progressão. Chegado à montra do estabelecimento dos jogos terá perdido o resto das forças ou da dignidade e encosta-se de costas contra o vidro. Lentamente, sem mover um músculo que fosse, provavelmente sem noção de que a gravidade é uma força omnipresente no nosso planeta, começa a deslizar para a esquerda, como se fosse um ponteiro do relógio a inverter a sua marcha, passando pelas 23 horas, deslizando para as 22 horas, sempre a deslizar encontrado ao vidro continua para as 21, para as 20, 19 e pumba, eis que encontra o chão onde fica sem apelo nem agravo, sem uma tentativa de se mexer, de levantar a cabeça sequer, mas de olhos abertos, como se estivesse consciente no interior e o corpo não respondesse aos impulsos nervosos.
Nota: não largou a garrafa em momento algum.
Eu, a 50 centímetros da cena não me mexi, fiquei a ver a cena como se se tratasse de um filme do Joaquim de Oliveira...
Priceless: movimento counterclockwise com uma garrafa na mão:
| -> de costas para a parede
\ -> firme e hirto mas em slide
_ -> firme e histo mas esparramado
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
O caminho das pedras
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Amorxilhão
O fundo do mar é uma caixinha de surpresas...
Para ver com banda sonora:
Serge Gainsbourg & Jane Birkin
Para ver com banda sonora:
Serge Gainsbourg & Jane Birkin
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Fui ao deserto e não vi nenhum camelo
Foi descoberto um novo bivalve nas costas portuguesas que vem lançar luz sobre a nova e secreta campanha publicitária da Ola, que está a manipular o código genético dos mexilhões para promover o seu novo gelado de mexilhão. E eu que pensava que tinham abandonado o projecto porque não tinham conseguido meter o pauzinho... Os publicitários estão a sair da casca, é o que é... mas desta vez a tentativa de iludir a população com a presença de um punhado de figurantes não foi suficiente para enganar o olho clínico da Mokkini.
Bem mais importante foi a descoberta do elo perdido que liga as serpentes venenosas aos berbigões - esses perigosos bivalves, que tantas vítimas têm provocado entre os seres Humanos -, não precisando de recorrer à análise do genoma de ambos para determinar que o berbigão cascavel (à esquerda) e o berbigão naja (à direita), estavam quase a atingir o estado de metamorfose que os levaria a deixar a água para viver nas zonas pantanosas do Barreiro.
O calhau à esquerda é meramente decorativo. Quem disse que a ciência e a beleza não podem andar de mãos dadas?
De resto, foi uma jantarada supimpa (com o novo acordo ortográfico já se deve poder escrever isto...) com os quilitos de marisco, os grissinos al oliva e umas garratifas de frisante e rosé, introduzidas por uma caipirinha... tudo bem condimentado com a magnífica companhia dos amigos de Roma, Caparica e arredores, a provar cabalmente que, afinal, o ministro marilyn ou Mário Lino, ou lá o que é não tem razão, porque nem só de camelos vive a margem sul... aliás, ainda não vi nenhum por lá o que me leva a desconfiar que se está a criar um monopólio ali para os lados de São Bento...
A repetir... :)
domingo, 15 de agosto de 2010
Pulseira do (des)equilíbrio
As pessoas que compram e usam a pulseira do equilíbrio, porque esta melhora o seu equilíbrio e não por questões meramente estéticas são, comprovadamente, desequilibradas. Se não o fossem, não precisariam de uma pulseira em primeiro lugar. O único aspecto positivo de usarem essa pulseira é a manifestação de conhecimento desse desequilíbiro e o altruísmo que denotam ao partilhar esse sinal de demência com todos nós, para que os possamos evitar. É um rasgo de lucidez que emerge do desequilíbrio, mas nem esse pequeno sinal de sucesso se pode atribuir à dita, porque ele terá que ter nascido, forçosamente, antes da ostentação de tal amuleto.
O fenómeno tem algumas semelhanças com as pulseiras que uma facção da juventude usa para indicar o seu estado de comprometimento com outra pessoa - uma indica amizade, a outra sexo ocasional, talvez haja uma para "virgem", outra para "enclausurada num convento contra a vontade" e muitas mais se poderiam criar ainda antes de entrar no fucsia, no sépia e nos degradés. Só que, contrariamente ao despretenciosismo das pulseiras coloridas, as pulseiras do equilíbrio são vendidas como algo que beneficia o corpo e a mente, aumentando o equilíbrio de ambos. Na prática, se estivermos em pé e levarmos com uma nortada nem pestanejamos, antes aguentamos estoicamente a nossa posição como se nos tivéssemos transformado em gárgulas. E esse é um benefício claro e importante com a ventania que por aí anda! E só pode ser verdade, mesmo que, à excepção dos vendedores de banha da cobra, ninguém o consiga provar ou defender, ou sequer perceber como pode funcionar na prática ou na teoria a pulseira, para lá da auto-sugestão e tratando-se de auto-sugestão então as pulseiras são placebos que não têm impacto real. Isto tem um nome: publicidade enganosa. Por isso também, disse que só pessoas já desequilibradas é que podem acreditar que existe algum impacto positivo.
Se se vier a provar que existe um efeito placebo, então a pulseira do equilíbrio entra na mesma categoria dos ossos de galinha, dos sapos, dos trevos de quatro folhas e outros amuletos tais como santinhas, cruzes e rezas, entrando a talho de foice numa franja do mercado de religiões e de seitas como a IURD... por isso cuidado! Se a IURD se sentir ameaçada no seu feudo da vigarice, é bem possível que venha a excomungar a carteira de todos os possuidores de pulseiras e exigir o dízimo aos vendedores de tal produto.
Eles que são da mesma cepa que se entendam. Já eu, só espero que o holograma das pulseiras seja fluorescente para que se possam ver também à noite...
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Portugal on "fire"
O caminho das pedras
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Q***roz
Antes de mais, permitam-me dizer que eu gostaria que o Queiroz se tivesse demitido após o mundial, nem que tivesse alegado fazê-lo porque lhe nascera um furúnculo no pé. Diria mesmo que, após o mundial, confesso, cheguei a desejar que se tivesse demitido antes do mundial. Confesso também que até à substituição do Hugo Almeida na partida com a Espanha fui um defensor do Queiroz, ignorando sinais claros do desnorte que grassava naquela organização. Aquele foi o momento definidor para mim. O momento em que não pude mais defender a minha teoria de que ele só poderia ser avaliado no final do mundial. Em abono da verdade apenas me antecipei em alguns minutos...
No entanto, as jogadas de bastidores que se costumam ver no futebol e as politiquices nojentas que se costumam ver... na política, quando em conjunto, só podem nausear até à morte qualquer pessoa que a elas assista. E não há dúvida nenhuma que a desculpa encontrada por Laurentino Dias e os seus acólitos ou mandantes (alguns conhecidos, outros não) para testar o despedimento de Queiroz, assim à laia de "deixa ver se pega", não passa de uma imunda politiquice de bastidores.
Será que contavam com o apoio da opinião pública, desgostosa após a derrota com a Espanha, para criar uma onda que tornasse insustentável a presença de Queiroz à frente da Selecção - resolvendo um problema à FPF?
Será que foi apenas uma manobra política para capitalizar o descontentamento da opinião pública em proveito de um PS à beira do precipício e, especialmente, em proveito do seu líder, esmagado por tantos escândalos e más decisões e indecisões que lhe têm custado a imagem e a nós a saúde financeira? Nem sequer era a primeira vez que procuravam aproveitar-se do futebol - veja-se o caso Tagus Park/Figo.
Será que sofreu pressões de alguém ligado ao futebol e que estava interessado em colocar outra pessoa no lugar de seleccionador? Talvez alguém mais maleável a certos interesses? Infelizmente os dois candidatos mais prováveis, os presidentes dos dois maiores clubes nacionais, acabaram a defender o seleccionador, não se sabendo com que honestidade, mas essa é outra história. Um facto: dois candidatos subiram imediatamente a terreiro, ainda Laurentino não tinha acabado de falar, a tentar ganhar altura espezinhando Queiroz.
Será que foi apenas um devaneio futebolístico de Laurentino Dias, qual vulgar adepto, choroso com a substituição do Hugo Almeida? Um devaneio que o levou a desejar ardentemente a substituição de Queiroz, fervor partilhado pela esmagadora maioria dos portugueses, é certo, mas notoriamente indecorosa e pornográfica no método, muito mais que as expressões de regressão intra-uterina alegadamente proferidas por Queiroz, dado que foi por demais evidente que nada mais queria do que f**** o seleccionador!
Não estou certo que Laurentino Dias tenha sido o mentor desta ignomínia mas foi quem deu a cara e a credibilidade ao inquérito movido a Queiroz. Confesso até que a primeira ideia que aflorou a minha mente foi que o mentor de tal jogada teria sido o incompetente-mor da monarquia futebolística, o senhor Madaíl, em desespero, agarrado a um calhau no meio de um tsunami. Porém, depois de o ver no final da Supertaça a mediar os dois maiores anjos da guarda de Queiroz neste processo, não sei se o julgue Pedro ou Judas. Quem sabe o tempo nos venha a esclarecer a sua inclinação.
Quanto a Laurentino, demonstrou uma faceta que não lhe conhecia, a da instrumentalização. Talvez porque não lhe tenha prestado muita atenção até hoje...
Já agora, para aqueles que arregalaram os olhos quando leram a expressão "f**** o seleccionador", aviso desde já que me referia a "filar", no sentido de "morder o seleccionador".
Evidentemente!
No entanto, as jogadas de bastidores que se costumam ver no futebol e as politiquices nojentas que se costumam ver... na política, quando em conjunto, só podem nausear até à morte qualquer pessoa que a elas assista. E não há dúvida nenhuma que a desculpa encontrada por Laurentino Dias e os seus acólitos ou mandantes (alguns conhecidos, outros não) para testar o despedimento de Queiroz, assim à laia de "deixa ver se pega", não passa de uma imunda politiquice de bastidores.
Será que contavam com o apoio da opinião pública, desgostosa após a derrota com a Espanha, para criar uma onda que tornasse insustentável a presença de Queiroz à frente da Selecção - resolvendo um problema à FPF?
Será que foi apenas uma manobra política para capitalizar o descontentamento da opinião pública em proveito de um PS à beira do precipício e, especialmente, em proveito do seu líder, esmagado por tantos escândalos e más decisões e indecisões que lhe têm custado a imagem e a nós a saúde financeira? Nem sequer era a primeira vez que procuravam aproveitar-se do futebol - veja-se o caso Tagus Park/Figo.
Será que sofreu pressões de alguém ligado ao futebol e que estava interessado em colocar outra pessoa no lugar de seleccionador? Talvez alguém mais maleável a certos interesses? Infelizmente os dois candidatos mais prováveis, os presidentes dos dois maiores clubes nacionais, acabaram a defender o seleccionador, não se sabendo com que honestidade, mas essa é outra história. Um facto: dois candidatos subiram imediatamente a terreiro, ainda Laurentino não tinha acabado de falar, a tentar ganhar altura espezinhando Queiroz.
Será que foi apenas um devaneio futebolístico de Laurentino Dias, qual vulgar adepto, choroso com a substituição do Hugo Almeida? Um devaneio que o levou a desejar ardentemente a substituição de Queiroz, fervor partilhado pela esmagadora maioria dos portugueses, é certo, mas notoriamente indecorosa e pornográfica no método, muito mais que as expressões de regressão intra-uterina alegadamente proferidas por Queiroz, dado que foi por demais evidente que nada mais queria do que f**** o seleccionador!
Não estou certo que Laurentino Dias tenha sido o mentor desta ignomínia mas foi quem deu a cara e a credibilidade ao inquérito movido a Queiroz. Confesso até que a primeira ideia que aflorou a minha mente foi que o mentor de tal jogada teria sido o incompetente-mor da monarquia futebolística, o senhor Madaíl, em desespero, agarrado a um calhau no meio de um tsunami. Porém, depois de o ver no final da Supertaça a mediar os dois maiores anjos da guarda de Queiroz neste processo, não sei se o julgue Pedro ou Judas. Quem sabe o tempo nos venha a esclarecer a sua inclinação.
Quanto a Laurentino, demonstrou uma faceta que não lhe conhecia, a da instrumentalização. Talvez porque não lhe tenha prestado muita atenção até hoje...
Já agora, para aqueles que arregalaram os olhos quando leram a expressão "f**** o seleccionador", aviso desde já que me referia a "filar", no sentido de "morder o seleccionador".
Evidentemente!
Glossário I
Automagically:
Magically automatic.
Used when automation solves a problem in such a way that it looks like it has David Copperfield's touch somewhere.
Reference: David Copperfield - a highly renowned magician. If you don't know who he his just think of Criss Angel or the like...
Magically automatic.
Used when automation solves a problem in such a way that it looks like it has David Copperfield's touch somewhere.
Reference: David Copperfield - a highly renowned magician. If you don't know who he his just think of Criss Angel or the like...
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