segunda-feira, 26 de julho de 2010

Galp devia ser glup

Galp devia mudar o seu nome para glup, de acordo com a vergonha que deveriam estar a sentir os seus administradores. Mas como não estão envergonhados o nome mantém-se e os administradores políticos continuam a auferir os seus salários chorudos em cargos nomeados pelo Governo, enquanto pedem contenção aos sindicatos e negam aumentos aos empregados. E pornograficamente recebem os seus bónus porque atingiram os objectivos de lucro. Naturalmente os empregados não tiveram nada a ver com isso...

E ainda falam da mancha de petróleo provocada pela BP nos EUA... aqui esta mancha dura há anos e mantém-se viscosa como sempre.

Antes, há cerca de um ano, quando os preços do combustível aumentavam ao ritmo dos especuladores mas diminuia a um ritmo inferior aos acertos do mercado, roubaram de forma legal todos os seus clientes sem que o Estado se preocupasse realmente com a situação.

Por isso, senhores fornecedores da Galp, preocupem-se! Se isto tocar a todos, vós sois os próximos.

A grande questão é: porque é que o estado não se preocupa com esta situação? Não se preocupa porque o Estado é constituído pelas elites que amanhã irão ocupar esses cargos. Elites por influência, não por valor ou conhecimento, como é o caso de (quase) todos os detentores de cargos políticos em empresas.

No fundo, onde há petróleo, se nos distanciarmos suficientemente dos pormenores, poderemos ver que nada muda há séculos. Agora, tal como antes, independentemente do regime, há uns poucos que se alimentam dos outros todos e vivem bem com isso. Os do petróleo só estão mais sujos.

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