sexta-feira, 7 de maio de 2010

O fabuloso e estranho mundo interior do Ser Humano

O cérebro, essa coisa gelatinosa e cinzenta, é um computador biológico sobre o qual muito pouco se sabe. Não se sabe com precisão como funciona, ainda que se saiba que as operações são efectuadas com base em descargas eléctricas entre os neurónios. Não se sabe exactamente onde e como armazena a informação que utiliza para essas operações, ainda que já tenhamos identificado áreas do cérebro que reagem consistentemente a certos estímulos. Não sabemos se já descobrimos a totalidade das suas capacidades. Desconhecemos os seus limites.

Esta pequena peça do corpo humano é na realidade a única que é completamente insubstituível para quem acredita em espiritualidade, não necessariamente em religião e essa espiritualidade pode não ser mais do que o conjunto das ligações alguma vez feitas por um determinado cérebro. Poderá ser, essa peça, a alma. Mas também pode não ser. Aparentemente, todas essas ligações poderão ser replicadas facilmente assim que encontremos a tecnologia adequada e isso seria o fim da alma enquanto entidade etérea, enclausurado dentro do corpo humano. Isso dir-nos-ia que o cérebro é apenas um computador orgânico, um computador que utiliza componentes biológicos, como o são os genes, para realizar as operações que os aparelhos a que chamamos computadores replicam com base em metal, plástico, silicone e energia.

Se acreditarmos que uma tecnologia futura permitirá destrinçar o cérebro, tornar-se-á fácil perceber que a alma, a existir, poderá ser replicada e, como tal, perderá a sua espiritualidade. Isto tendo em atenção a realidade que nós experimentamos no dia-a-dia.

Há, contudo, um facto curioso e que era para mim desconhecido até há poucas semanas, fora de um contexto de ficção científica, que pode trazer mais explicações ou confusão ao conceito de alma e ao conceito de espiritualidade. Refiro-me à existência de universos paralelos. Ainda é um tema controverso, mas alguns cientistas concluiram que, sem margem para dúvidas, existem universos paralelos em número infinito e citam algumas experiências que fundamentam explicações extremamente coerentes e convincentes. Ainda não estou preparado para aceitar todas essas explicações, muito menos perceber todas as implicações mas, no fundo, a explicação é tão interessante que eu desejo que seja verdadeira... vá lá saber-se porquê.

Assumamos assim que é verdade a existência desses infinitos universos paralelos e assumamos que é verdadeira a explicação de que existe alguma interferência entre eles. Uma vez que a fundamentação resultou de uma experiência com fotões (partículas de luz), assumamos também que há um impacto dessas partículas no nosso cérebro ou que, de algum modo, essas ou outras partículas que interagem com o nosso cérebro são susceptíveis de interferência.

Se tudo o que afirmei até aqui for verdade, parece que podemos determinar que num universo único a alma não existirá ou será apenas o nome dado a um conjunto de interacções e rotinas efectuadas por um computador, facilmente mimetizáveis e, por isso, sem individualidade. Mas, se considerarmos que existem universos infinitos, com variações ligeiras em todos eles, e que existem interferências entre eles que influenciem o nosso cérebro, então podemos dizer que a alma de um indivíduo pode ser a soma da actividade do seu cérebro adicionada de todas as interferências de todos os universos onde o seu cérebro existe. Parece quase um solipsismo multiuniversal mas não é. Tal hipótese poderia explicar o sobrenatural (sendo que, neste contexto, o natural é o que podemos experimentar no nosso universo) e também a existência de pessoas com capacidades extraordinárias como as que podem encontrar nos links abaixo, e que foram a verdadeira razão pela qual escrevi este post.

Será que a genialidade que demonstram estas pessoas está algures no cérebro de toda a gente neste lado do universo e apenas não se manifesta por uma qualquer razão de selecção natural, em que não houve necessidade ou espaço para o seu crescimento ou será que estão a beber de uma fonte quântica, feita de interferências de outros universos, fechada aos restantes seres humanos?

Seja qual a for a razão, eis o maravilhoso ser humano, que transforma as fraquezas em força.





The living camera
The PI Man
The Human iPod
Rain Man twins
Iceman
The artist with no eyes
The boy who lived before

4 comentários:

PSousa disse...

Fantástico! Grande escrito e belos vídeos... e eu a falar em Matrix ;)

Sparkle disse...

Já tinha saudades de vir aqui. :-)
Bem estou a ver que tenho de te começar a dar uma data de coisas para leres diferentes das que andas a ler ;-)
O cérebro (não o órgão em si mas a formatação que leva) é aquilo exactamente que inibe muitas vezes a espiritualidade, e a alma não se encontra no cérebro. A ciência/medicina descobriu um cérebro entérico localizado nas nossas “entranhas”, na zona intestinal que reage a muitas das nossas emoções, e está ligado com o sistema nervoso. O que tem lógica: onde sentes o medo? Não é na barriga?
A questão é que a energia que anima o teu corpo, que alimentas com comida que gera mais energia de qualidade diferente, não é palpável e tangível e não está localizada num lugar concreto como o cérebro (só as pessoas muito cerebrais conseguem achar que esse órgão é o mais importante que temos no corpo)
É difícil de abranger pela mente humana a infinidade do espaço, contido no micro do micro dentro do macro do macro interminavelmente, com atomos, dentro de atomos, dentro de corpos, dentro de um espaço confiando, dentro de uma cidade, dentro de um pais, dentro de um continente, dentro do nosso planeta, dentro de um sistema planetário, dentro de um universo, dentro de universos dentro de universos, acho que percebes a ideia.
E é por sermos extremamente susceptíveis a tudo o que é matéria e não matéria que coisas como a malha electromagnética que se aproxima da terra está a alterar muita coisa quer na terra em si com tudo o que temos visto acontecer, e vai continuar a acontecer cada vez mais numa espécie de purgação, como nas próprias consciências que começam a despertar e a sair da idade da ignorância, das trevas, é uma nova era, de que falam as antigas comunidades Maias e Incas por exemplo.
A alma, ou energia, ou o que quiserem chamar-lhe, é individual mas também colectiva em ultima instancia, estamos todos ligados mesmo no que não vemos, já que ao deixar o corpo físico regressa ao todo uno. Mas bem isto daria pano para mangas e isto já mais parece um post.
PS: Adorei o Matrix I.
:-)
Bjs.

Gelo disse...

malhas electromagnéticas? mas...
não me digas que há avózinhas no espaço a tecer malhas com fios de energia pura! Não admira então que tenhamos medo na barriga... só de imaginar avózinhas extraterrestres b****-me de medo :)

Eu gostei dos matrixs todos. Mas não gostava do mister Smith. Ele era mau!

PSousa disse...

Sparkle, volta depressa...
Adorei ler-te... as coisas que tu sabes... :)