segunda-feira, 22 de junho de 2009
BEM VINDO A REDUZA*
Quando nos deslocamos a grande velocidade os pormenores esbatem-se no nosso campo de visão. Os brancos tornam-se mais brancos e os pretos mais pretos.
Perdemos a capacidade de descobrir os cinzentos, os compromissos que se estabelecem entre opostos.
Passamos por cima deles como se não existissem ou ignoramo-los como devaneios probabilísticos.
A estatística elimina-os com a aplicação da distribuição normal, a História humilha-os porque saíram perdedores da guerra darwinística da sobrevivência, os comediantes ignoram-nos porque não têm graça e os matemáticos esconderam-nos por detrás dos limites.
Mas são as áreas cinzentas as de maior potencial. É aí que se processa o encontro de ideias, onde a matemática passa a ser sinergética, onde se desbasta o desconhecido e se desenha o futuro.
Por isso, a velocidade acaba por representar muitas vezes a zona de conforto; aquela que nos dá a segurança da mediocridade. Parece um contrasenso, por ser mais instintivo relacionarmos a velocidade com o progresso, mas de que nos serve ver a realidade pelo espelho retrovisor?
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1 comentário:
* Um tipo compra um carro novo, e vai para a estrada para o testar e puxar por ele. Ia o tipo a 170 quando vê uma placa: REDUZA A 100 KM. O tipo começa a mandar vir, mas resolve obedecer à placa. Passados uns tempos vê REDUZA A 50 KM. O tipo fica irritado, pois queria testar o carro novo e não podia. Passados mais uns tempos a placa REDUZA A 20 KM. O tipo não via motivo nenhum para aquele limite de velocidade, até porque aquela estrada nunca tinha ninguém. Passados mais uns tempos vê a placa Bem-vindo A REDUZA.
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