segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Quando o fim é o começo, não sei se digo bem-vindo ou se me despeço.

Gosto de frases feitas. E gosto de citações. Gosto do caminho que elas desbravam, mesmo que não apontem uma direcção definida. A imagem mental que me ilustra esta sensação é a de alguém que, após uma hora a cortar mato com uma catana, mato que subia bem acima da sua cabeça e que lhe toldava a visão, cortou os últimos talos de bambú ou girassol, as últimas giestas e carquejas, para se deparar com uma planície extensa, aberta, infinita de possibilidades.


Estas frases inspiram quem as ouve a pensar, a imaginar e a agir melhor do que se pendurassem uma cenoura numa vara de salgueiro à frente dos nossos olhos.

Recentemente deparei-me com uma destas frases, na blogosfera, no blog do Il Mister, amigo do peito, ‘postada’ por um tal de utopista:

“Fica a sensação de que, depois de tudo feito, ainda falta fazer... o resto.”

Num ápice, o meu inconsciente encontrou dezenas de caminhos, dezenas de possibilidades a brotar dessa única frase. Poderia criar um blog inteiro com ela. Não o vou fazer, mas voltarei a ela, seguramente, no futuro.

Para já, noto unicamente o quanto essa frase faz sentido quando aplicada ao final de cada ano...



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