sábado, 26 de junho de 2010
O padeiro de Aljubarrota
Mesmo reconhecendo que boa parte da situação actual não é imputável ao Governo parece-me impossível, neste momento, defender José Sócrates e o Governo que navega na sombra da sua liderança, sem cair no ridículo.
Ainda assim, parece-me um pouco desajustado chamar à liça as invasões francesas e a forma como foram rechaçadas (segundo creio, este aspecto nem sequer é consensual...) e a crise actual. Não se luta contra a crise como se luta contra os invasores... a não ser que a mensagem de luta não fosse contra a crise mas contra o Governo de José Sócrates...
domingo, 20 de junho de 2010
"Não tenhamos pressa mas não percamos tempo"
Li esta frase como sendo de Saramago, não sei de que obra. Nem sequer tenho a certeza que seja dele de facto mas, mesmo que não seja sua criação é algo que me parece descrever tudo aquilo que Saramago representou ou que quis representar. Pode não concordar-se com a sua ideologia, com o seu pensamento, com a sua atitude, até com a pontuação das suas obras mas, olhando para lá do óbvio, esta é a mensagem por si gritada a quem o quis ouvir. Talvez o seu legado não passe de um grito de revolta contra o que está mal em nós portugueses e pior, que não passe dos livros onde o registou com eloquência, mas pelo menos gritou aquilo que todos nós sabemos ser e com o qual não sabemos lidar, preferindo por isso ignorá-lo, fazer-lhe ouvidos moucos, talvez assim desapareça e nos tornemos um povo melhor, sem o esforço e sem o mérito. Talvez a sorte nos bafeje e possamos ignorar Saramago, dizer-lhe "bandido! quiseste enganar-nos! Trabalha tu, muda tu, revolta-te tu! Eu nasci português, que mais preciso eu? Alguém há-de cuidar de nós". Talvez...
Podemos continuar todos cegos... ou podemos deixar de perder tempo, calmamente construindo um novo futuro.
Saramago ia gostar disso certamente, mesmo que esse futuro fosse capitalista e católico.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Assim também eu!
Caixa D'Óculos
O secretário de estado Emanuel dos Santos brilhou intensamente durante o debate no Parlamento sobre política fiscal com a rábula dos óculos. De cada vez que baixava a cabeça para ler caíam-lhe os óculos. Para alguns, esta poderá ter sido uma manobra especificamente fabricada para distrair os deputados.
Qual a tua opinião?
1) Quis imitar o Sousa Franco
2) Tinha acabado de chegar de uma tourada
3) Tinha acabado de utilizar grandes quantidades de gel para a gripe A
4) Foi uma alegoria à popularidade do Governo
5) Foi uma alegoria à situação escorregadia da nossa economia
6) Esqueceu-se das lentes
Qual a tua opinião?
1) Quis imitar o Sousa Franco
2) Tinha acabado de chegar de uma tourada
3) Tinha acabado de utilizar grandes quantidades de gel para a gripe A
4) Foi uma alegoria à popularidade do Governo
5) Foi uma alegoria à situação escorregadia da nossa economia
6) Esqueceu-se das lentes
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Baú das memórias
Por vezes encontramos baús esquecidos com coisas esquecidas lá dentro.
Dos tempos em que eu ia ser uma estrela do RoqAndRol :)
Baú dos sonhos
Hoje estive tão perto de ti
que quase te toquei.
A tua respiração eriçou-me os pelos do braço.
Acordei
E chorei.
Derramei amor nas penas da almofada
e enxuguei os olhos aos trinados da alvorada.
Sinto os sonhos tão reais
tão mais que a vida, tão mais...
que até sonho em não acordar
e acordo com falta de ar,
não me faz falta enquanto vivo no sonho
e até sonho que me falta o sono
e que não me deito para não dormir
e não durmo para não acordar...
e continuar assim a sonhar.
Hoje estive tão perto de ti
que a minha pele mimetizou a tua cor,
o teu cheiro e o teu suor.
Adormeci
e sonhei.
Sonhei que sonhava acordado
e acordei contigo a meu lado.
Nao respiro, resisto... resisto...
Se não respirar não acordo, insisto...
Não te toco, corpo ou aparição.
Insisto... insisto... não resisto,
aproximo de ti a minha mão
e esfuma-se no ar a ilusão.
Acordei do sonho em que dormia
e chorei sem saber se eram lágrimas sonhadas
ou se era o sonho desfeito em lágrimas.
Dos tempos em que eu ia ser uma estrela do RoqAndRol :)
Baú dos sonhos
Hoje estive tão perto de ti
que quase te toquei.
A tua respiração eriçou-me os pelos do braço.
Acordei
E chorei.
Derramei amor nas penas da almofada
e enxuguei os olhos aos trinados da alvorada.
Sinto os sonhos tão reais
tão mais que a vida, tão mais...
que até sonho em não acordar
e acordo com falta de ar,
não me faz falta enquanto vivo no sonho
e até sonho que me falta o sono
e que não me deito para não dormir
e não durmo para não acordar...
e continuar assim a sonhar.
Hoje estive tão perto de ti
que a minha pele mimetizou a tua cor,
o teu cheiro e o teu suor.
Adormeci
e sonhei.
Sonhei que sonhava acordado
e acordei contigo a meu lado.
Nao respiro, resisto... resisto...
Se não respirar não acordo, insisto...
Não te toco, corpo ou aparição.
Insisto... insisto... não resisto,
aproximo de ti a minha mão
e esfuma-se no ar a ilusão.
Acordei do sonho em que dormia
e chorei sem saber se eram lágrimas sonhadas
ou se era o sonho desfeito em lágrimas.
domingo, 13 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
O líder carismático
Um líder carismático é aquele que transforma as ideias em palavras e as palavras em imagens, porque toda a gente compreende imagens, ainda que nem todos compreendam as palavras.
Poderá ser-se um líder carismático apenas porque se repete o que um outro líder carismático disse uma vez?
Há líderes ou aspirantes a líder que escolhem um líder comprovado e sempre que podem enfiam uma bucha: gosto de repetir o que disse Sun Tzu "bla, bla, bla" ou, vocês sabem que eu gosto de Winston Churchill e ele disse algo como...
Estas citações e referências parecem-me sempre muletas de quem não sabe criar as imagens necessárias para criar uma ideologia e uma ligação com a sua audiência e, por isso, vê-se na obrigação de seguir o caminho fácil da cópia. Assim, monta o seu discurso construindo um edifício assente em várias pedras de toque que não são de sua autoria e onde apenas decidiu a côr que embeleza o exterior para lhe dar algum contexto. Além disso, é curioso como as citações dos famosos são ditas com soberba e orgulho, como se por repeti-las as tornassem suas e legitimassem todo o seu discurso... afinal, Winston Churchill disse que um optimista transforma um problema numa oportunidade, por isso vamos lá vender mais retretes. E, de repente, a associação das retretes a Winston Churchill surge aos olhos do aspirante a líder como o seu próprio momento de glória e brilhantismo, o momento em que o seu discurso se revelou rico, culto e extremamente significante; no fundo, significante como uma retrete antes de se puxar o autoclismo. Pobre Winston, se calhar nem soube o que era um autoclismo!
Compreendo a estupefacção de quem me conheça, porque eu digo que gosto de frases feitas e essas incluem as citações de muito boa gente, que sintetizou uma realidade, uma ideia ou uma mensagem num conjunto restrito de palavras ou imagens. Porém, custa-me a engolir que essas imagens sejam estropiadas ou descontextualizadas, que se usem sem parcimónia e custa-me a aceitar que alguém se julgue um génio apenas porque é um papagaio.
O que falha na construção do edifício discursivo descrito em cima é tão apenas a credibilidade. A utilização de alguém de renome tem o objectivo de atribuir a credibilidade que falta ao orador mas, quando se utilizam os outros com frequência, acaba-se por demonstrar a incapacidade de pensar por si próprio, de construir o sonho, a mensagem a ideologia que fará a audiência imaginar, seguir e defender. Revelam as suas fragilidades e desvirtualizam as ideias originais porque não há substância em pessoas ocas nem há mérito na repetição pela repetição. Ou a repetição acrescenta algo de novo ou é apenas um embuste mal encoberto e esses são facilmente entendidos como tal. E destroem a liderança desses pretendentes.
Poderá ser-se um líder carismático apenas porque se repete o que um outro líder carismático disse uma vez?
Há líderes ou aspirantes a líder que escolhem um líder comprovado e sempre que podem enfiam uma bucha: gosto de repetir o que disse Sun Tzu "bla, bla, bla" ou, vocês sabem que eu gosto de Winston Churchill e ele disse algo como...
Estas citações e referências parecem-me sempre muletas de quem não sabe criar as imagens necessárias para criar uma ideologia e uma ligação com a sua audiência e, por isso, vê-se na obrigação de seguir o caminho fácil da cópia. Assim, monta o seu discurso construindo um edifício assente em várias pedras de toque que não são de sua autoria e onde apenas decidiu a côr que embeleza o exterior para lhe dar algum contexto. Além disso, é curioso como as citações dos famosos são ditas com soberba e orgulho, como se por repeti-las as tornassem suas e legitimassem todo o seu discurso... afinal, Winston Churchill disse que um optimista transforma um problema numa oportunidade, por isso vamos lá vender mais retretes. E, de repente, a associação das retretes a Winston Churchill surge aos olhos do aspirante a líder como o seu próprio momento de glória e brilhantismo, o momento em que o seu discurso se revelou rico, culto e extremamente significante; no fundo, significante como uma retrete antes de se puxar o autoclismo. Pobre Winston, se calhar nem soube o que era um autoclismo!
Compreendo a estupefacção de quem me conheça, porque eu digo que gosto de frases feitas e essas incluem as citações de muito boa gente, que sintetizou uma realidade, uma ideia ou uma mensagem num conjunto restrito de palavras ou imagens. Porém, custa-me a engolir que essas imagens sejam estropiadas ou descontextualizadas, que se usem sem parcimónia e custa-me a aceitar que alguém se julgue um génio apenas porque é um papagaio.
O que falha na construção do edifício discursivo descrito em cima é tão apenas a credibilidade. A utilização de alguém de renome tem o objectivo de atribuir a credibilidade que falta ao orador mas, quando se utilizam os outros com frequência, acaba-se por demonstrar a incapacidade de pensar por si próprio, de construir o sonho, a mensagem a ideologia que fará a audiência imaginar, seguir e defender. Revelam as suas fragilidades e desvirtualizam as ideias originais porque não há substância em pessoas ocas nem há mérito na repetição pela repetição. Ou a repetição acrescenta algo de novo ou é apenas um embuste mal encoberto e esses são facilmente entendidos como tal. E destroem a liderança desses pretendentes.
Consultoria
Consultor: "Não há dinheiro, não há palhaço".
Cliente: "Há palhaço sim senhor. Mas não trabalha".
Cliente: "Há palhaço sim senhor. Mas não trabalha".
O uso da letra
Hoje formatei o meu laptop. É um processo que demora várias horas e, nesse tempo, pude olhar para várias coisas com outros olhos. Por exemplo, alguma vez repararam nas letras que usam com mais frequência?
O desgaste das teclas indicia que as letras mais usadas por mim são: ASDERTUIOHCBNM.
Depois, com menção honrosa: PL
E, por fim, todas as outras.
Seria engraçado perceber se esta evidência se relaciona apenas com o meu vocabulário ou se é representativo da generalidade das pessoas.
Neste post foram utilizadas (excluindo a própria tabela):
O desgaste das teclas indicia que as letras mais usadas por mim são: ASDERTUIOHCBNM.
Depois, com menção honrosa: PL
E, por fim, todas as outras.
Seria engraçado perceber se esta evidência se relaciona apenas com o meu vocabulário ou se é representativo da generalidade das pessoas.
Neste post foram utilizadas (excluindo a própria tabela):
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