sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A torre e o minarete.

Eu tenho uma amiga muçulmana.

Ainda não lhe perguntei se ficou ofendida ou não com o Cardeal D. José, por recomendar às raparigas portuguesas para pensarem muito bem antes de iniciarem uma relação com um muçulmano. Foi um momento infeliz de alguém que tem “responsabilidades”, porque se espera que o cargo de Cardeal seja tão político quão religioso. No entanto, a principal responsabilidade de um padre, deverá ser o seu rebanho, ou pelo menos assim o recordo dos tempos em que ia à missa. E nesse sentido, as palavras proferidas não foram mais do que o que qualquer um de nós, não muçulmano e mínimo conhecedor das práticas muçulmanas, pensa sem vocalizar. Acredito até, que muitas mulheres muçulmanas sublinhariam as palavras do cardeal, especialmente aquelas que convivem com a nossa cultura e podem ver em primeira mão as diferenças fundamentais que norteiam as nossas atitudes para com o sexo feminino. Acredito que essa minha amiga seria uma dessa mulheres, quanto mais não seja porque já sofreu uma desilusão “amorosa” que, para bem dela, não se concretizou em “casamento”.

Não sou católico, nem cristão, nem religioso, mas confesso que passei a respeitar um pouco mais o cardeal depois deste episódio.

Mas...ainda o meu medidor de respeito não tinha subido quase nada e o senhor Cardeal meteu os pés pelas mãos e entrou na demagogia outra vez, com a história da homossexualidade e de que um homossexual pode ser cristão e obedecer às práticas cristãs mas que, para que tal aconteça, não pode ter sexo (pelo menos da forma “pecaminosa” que ele quer.

Posso dizer-vos que fiquei de tal forma abismado que tive uma epifania! Nesse preciso momento, que abalou toda a minha convicção anti-religiosa descobri a fórmula matemática que justifica a posição da igreja sobre a homossexualidade!

Ora atentemos na inequação defendida pela Igreja:



Ora então, temos que didivir ambos os ramos por sexual, para eliminar a líbido do homossexual. Como se sabe, podemos multiplicar ou dividir ambos os membros da inequação por qualquer valor, desde que seja o mesmo valor. Assim ficamos com:


Também é sabido que se podem cortar valores iguais de um dado membro, levando-nos a cortar a palavra sexual, utilizando para o efeito a barra vermelha da diferença, porque é o que está mais à mão... e ficamos com:



Mais limpinho:


Ora nós sabemos pela wikipedia que Homo é o género que inclui o homem moderno e os seus parentes próximos, mas que todos nós temos algumas diferenças que nos permitem ser indivíduos únicos. Assim, o “s” de Homos vai ser utilizado para pincelar essa diferença na nossa igualdade como espécie, obtendo nós o resultado final:
(para quem não sabe, o til em cima do sinal de igual quer dizer “mais ou menos igual”)




Tcharám!!! a Igreja tem razão, corroborada com um método totalmente científico.

A implicação é demolidora:

A espécie Homo é constituída pela cristandade dividida pelo sexo!

2 comentários:

Anónimo disse...

Brilhante! Nunca a matemática foi tão longe. É digno da cientologia. Será que podemos concluir que a ciência nos f....?

Gelo disse...

:)