quinta-feira, 16 de junho de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
A grande incógnita
Ora aí estão as eleições, finalmente! Talvez agora possamos ter algum sossego e talvez os políticos possam voltar a trabalhar para o país e não para os partidos.
Os portugueses escolheram mudar e castigaram o Partido Socialista e, acima de tudo, Sócrates, pelo desvario dos últimos anos. Apesar da excelente máquina socialista ter conseguido mobilizar os socialistas, acho que Sócrates perdeu totalmente o eleitorado móvel e que decide as votações, aqueles que se encontram no centro, aqueles que não têm ideologia e aqueles que não olham para os partidos como um clube de futebol, o qual temos que defender sempre e em qualquer situação.
Agora é a vez de Pedro Passos Coelho, a grande incógnita, de se afirmar enquanto líder desta nação deprimida. Não acho que PPC seja um bom líder, não acho que ele tenha passado por provas na vida que justifiquem algumas das atitudes que toma e não estou confortável com a ligação visceral a Ângelo Correia, o barão que lhe deu colinho desde tenra idade. Contudo, acho que PPC tem o crédito de quem parte do zero, tem uma folha limpa para fazer o que quiser, inclusivé mudar a política e a opinião do povo relativamente aos políticos. A ver vamos se consegue. Os primeiros indicadores não são, especialmente, animadores e, para já, enfrenta o maior desafio que o país conheceu nas últimas décadas. Para bem de todos nós, espero que tenha sorte e competência, não necessariamente por esta ordem.
Como nota de rodapé, o CDS acabou por não ter uma expressão tão grande quanto a que receei poder vir a obter e poder causar ainda mais pressão sobre um futuro governo. Ainda assim, lá estarão esses senhores, preparados para encher novamente os bolsos como da última vez... há que aproveitar estes momentos! Da nossa parte resta-nos aguardar por novos gastos nas forças armadas na manutenção de um sub-sector do funcionalismo público que está sobredimensionado e sobrevalorizado.
Os portugueses escolheram mudar e castigaram o Partido Socialista e, acima de tudo, Sócrates, pelo desvario dos últimos anos. Apesar da excelente máquina socialista ter conseguido mobilizar os socialistas, acho que Sócrates perdeu totalmente o eleitorado móvel e que decide as votações, aqueles que se encontram no centro, aqueles que não têm ideologia e aqueles que não olham para os partidos como um clube de futebol, o qual temos que defender sempre e em qualquer situação.
Agora é a vez de Pedro Passos Coelho, a grande incógnita, de se afirmar enquanto líder desta nação deprimida. Não acho que PPC seja um bom líder, não acho que ele tenha passado por provas na vida que justifiquem algumas das atitudes que toma e não estou confortável com a ligação visceral a Ângelo Correia, o barão que lhe deu colinho desde tenra idade. Contudo, acho que PPC tem o crédito de quem parte do zero, tem uma folha limpa para fazer o que quiser, inclusivé mudar a política e a opinião do povo relativamente aos políticos. A ver vamos se consegue. Os primeiros indicadores não são, especialmente, animadores e, para já, enfrenta o maior desafio que o país conheceu nas últimas décadas. Para bem de todos nós, espero que tenha sorte e competência, não necessariamente por esta ordem.
Como nota de rodapé, o CDS acabou por não ter uma expressão tão grande quanto a que receei poder vir a obter e poder causar ainda mais pressão sobre um futuro governo. Ainda assim, lá estarão esses senhores, preparados para encher novamente os bolsos como da última vez... há que aproveitar estes momentos! Da nossa parte resta-nos aguardar por novos gastos nas forças armadas na manutenção de um sub-sector do funcionalismo público que está sobredimensionado e sobrevalorizado.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Rugas
O tempo conta-se pelas rugas
desfiladeiros secos p'la erosão desfiados.
Abismos os olhos, abismados
postigos profundos, contemplados
e submersos, rios de lágrimas efundos.
Os cantos da boca recurvados
arredondam o tempo ao mundo.
Contam mudos o tempo,
sem paladar, minutos que passam
entre os que conseguem contar.
Palmas trémulas abertas em leque.
Suspensas num futuro anunciado
por linhas cada vez mais curtas
do fantoche que fomos,
do pouco que nos resta.
Passam-se os dias ao ritmo dos ais,
Que a idade é oca
e a memória é saudade
gravada nas rugas.
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