sexta-feira, 31 de julho de 2009

Em Bilbau até as greves são explosivas

No aeroporto de Bilbau, o pessoal da limpeza e de transporte(?!) estava de greve. Resultado: o aeroporto parecia estar polvilhado de confetis gigantes coloridos. Grande explosão de côr e cartazes. Acabei por não tirar nenhuma foto de jeito porque estava com medo que a polícia basca pensasse que eu pudesse ser um bombista da ETA...



A verdade é que um aeroporto miserável até estava engraçado. Parecia um fim de festa...



E parecem muito zangados com uma negociação qualquer:

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Atcheheheheheh



Se a pessoa que amas treme quando a abraças,


se sentes os seus lábios ardentes como brasas,



se sente calafrios quanto te aproximas,


se a sua respiração se agita,

se vês nos seus olhos um brilho febril...






Manda-a à merda! Tem gripe A!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O determinismo

"Enquanto não formos felizes com quem somos não encontraremos a felicidade em qualquer outra coisa".

E quem somos nós se não um conjunto de vivências, de experiências, de decisões, de atitudes, de valores inculcados ou descobertos? Quem somos nós senão pedaços de todos os outros e das intercepções ou tangentes que vivenciámos?

Faz-me confusão o determinismo, quer dos que dizem não existir felicidade senão em nós quer dos que dizem que a desilusão é auto-infligida porque nos deixámos iludir. O primeiro defende o conformismo, o segundo martiriza o vencido.

Faz-me confusão qualquer determinismo que não venha de mim. Porque se vier de mim eu sei que nem eu acredito nele ainda que tente convencer outro da sua bondade.

Por isso, será mais ajuizado não acreditar numa única palavra do que acabei de escrever...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

:( será que alguém lê este blog?!

Voltei a passar por lá...
e agora é sem chouriço e sem placa... uma vez que a placa foi removida.



esta placa desapareceu!

Novos tempos, novas verdades

Objectivo de vida:

antigamente: plantar uma árvore, fazer um filho e escrever um livro

actualmente: comprar um portátil, criar um perfil no second life e criar um blog.

no futuro: implantar um chip no cérebro, pedir uma licença para ter um filho in vitro (que entretanto é recusada) e imaginar um filho a ler um livro à sombra de uma árvore enquanto espera que o WindowsGoogle2100 existente no chip carregue...

domingo, 12 de julho de 2009

Caça-fantasmas


Eis o nosso país... uma casa assombrada onde já não mora ninguém a não ser fantasmas. Os fantasmas daquilo que deveria ter sido feito e não foi, os esqueletos do que foi feito e não deveria ter sido, as visões do que poderá vir a ser feito e que se tornarão nos esqueletos e fantasmas do futuro...

Olhem para dentro.

Um dirá que não vê nada. Tudo está escuro, cheira a mofo. Cada movimento parece um truque ocular destinado a enganá-lo. Está vazia a casa; condenada. Se abrisse um armário encontraria esqueletos; atrás de uma cortina, fantasmas. Maldito proprietário que consome tudo e deixa apodrecer a casa...

Outro dirá que a escuridão esconde tesouros fantásticos e obras formidáveis. Está escuro sim, mas no ar vagueia um aroma primaveril que indicia fertilidade e esperança. A casa estará cheia e continuará a evoluir. Debaixo da cama brotam trevos de quatro folhas, no sótão encontraremos compêndios de conhecimento que nos levarão um passo mais além. Bendito proprietário! O sucesso é inevitável com a sua gestão.

Na verdade, se avançassem para lá da porta de entrada, pé ante pé, ambos encontrariam um espelho. E nesse espelho veriam reflectida uma imagem. A sua imagem. Os seus olhos a devolver o olhar. Veriam no seu olhar a razão da casa estar assombrada; está assombrada porque cada um de nós não consegue olhar senão para si.

Enquanto o poder for o fim e não o meio a casa continuará assombrada.
Seremos nós os fantasmas do futuro ou os caça-fantasmas do presente?