quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ponto de Equilíbrio

Em altura de balanço, será este o ponto de equilíbrio?

A incerteza do equilíbrio no fio da navalha

Disseste atípico, o momento,
Estranha-lo, não o conheces,
Ou apenas não o encontras no tempo.
A memória que procuras e o presente que esqueces
São âncoras à deriva no teu pensamento
Tanto te multiplicas como desvaneces.

Meio sorriso, meio lamento…
Que atípico este momento!

E os olhos humedeces…
Porque é típico das preces
Perderem-se no firmamento.

E os lábios ofereces
Ao beijo do esquecimento.
Uma só face, um só momento,
Mas dividida permaneces,
Será sorriso? Será tormento?

Que atípico momento!

domingo, 27 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

And now for something completely different...



Desta o senhor Carlos Peixoto não se lembrou!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Espetada de Robalo à transmontana



já não havia pimentos...

Casar e o cozido com todos

De acordo com Carlos Peixoto "quem admite um casamento homossexual pode também vir a aceitar o casamento entre irmãos, primos directos ou pais e filhos".

No cozido com todos o senhor Carlos Peixoto esqueceu-se do casamento com animais, plantas e objectos inanimados... mas eu lembrei-me de colocar aqui uma fotografia:

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Duplas de sucesso

Depois de Laurel & Hardy...



Vara e GoRdinho


O R é para homenagear os belos dos robalinhos ;)

domingo, 13 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pelo menos fazem-nos rir





«Eu à pouco estava a perguntar de onde é que saiu este palhaço, aquele senhor,(...) eu nunca tinha visto um palhaço permanente numa comissão parlamentar (...) Acho que devem-no ter eleito exactamente para isso, para nos animar».

http://www.youtube.com/watch?v=lp0Fu3c22Cw

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Divagação

"A história não é complicada, nem difícil de contar. É apenas mais uma onde a miséria e o instinto de sobrevivência conluiem para anular os escrúpulos de uma pessoa e anular a boa índole, tal como é socialmente definida, que ela não existiria se não existisse sociedade porque lhe retirávamos o objecto de acção e o adjectivo “boa” tornar-se-ia desnecessário."

Por vezes escrevo sem pensar e só depois fico a pensar no que escrevi.

Não deixa de ser curioso como a boa índole é um atributo atribuído ao indivíduo mas que fica descontextualizado fora do contexto da sociedade (entendida como um grupo de indivíduos). Não me parece que faça sentido caracterizar a índole se não numa perspectiva de relação com os outros, seja ela comparativa, agregadora ou disruptora. O mesmo parece acontecer com os outros atributos.

Generalizando, pode classificar-se um atributo de um indivíduo mas, para o caracterizar, para o adjectivar, é necessário que exista um termo de comparação abrangente e no caso do Ser Humano, o termo de comparação é a Humanidade ou a sociedade, para não utilizarmos a palavra Humanidade num assunto que não merece uma palavra de tamanha grandeza.

Uma comparação feita contra o universo global, diz-nos a estatística, terá um valor também ele global e uma comparação entre dois indivíduos pecará por ser redutora: o Horácio poderá ter melhor índole que o Firmino e, ainda assim, ser uma pessoa terrível, porque todas as pessoas restantes poderão ser melhores.

Esta obsessão de nos compararmos e a forma como o fazemos tem uma curiosidade - permite que sobressaiam os extremos, os positivos e os negativos, aqueles a quem apelidamos de génios ou facínoras, o pólo onde se encontram é, habitualmente, mais uma questão de perspectiva ou oportunidade do que outra coisa, mas esse é um outro assunto.

Curiosamente parece-me que o mesmo fenómeno tem um efeito perverso, porque se nos comparamos sempre à média estamos a coarctar a nossa capacidade de desenvolvimento e, por inerência, de toda a sociedade. Além disso, acontece que muitas vezes não suportamos esses mesmos génios, chegamos a destruí-los, por não conseguirmos enfrentar a nossa incompetência. A mediocridade é uma força poderosa porque tem o poder da média. A inteligência é fraca porque tem a fraqueza do pedestal. Ambos têm poder construtivo e destrutivo. Então porque é o poder destrutivo aquele que é utilizado sem parcimónia e só a espaços se constrói? Apenas porque requer menos esforço. Um "não" encerra mil palavras e um "porquê" levanta 5000 questões!

Não seria melhor compararmo-nos com quem percebemos ser melhor do que nós? Não faria mais sentido que, após identificar os génios, estabelecêssemos um novo padrão, acima do anterior, com os quais a comparação identificasse discrepâncias que teriam que ser trabalhadas para elevar o termo de comparação médio? Chama-se a isto crescimento sustentado.

Porque continuamos aos solavancos?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tempo

Tudo se pode definir com base no tempo mas nada serve para o definir. A física procura defini-lo utilizando o conceito de duração - o tempo é a duração verificada entre dois acontecimentos.
Antes e depois dos acontecimentos limites existe o nada. Não há tempo para pensar nisso...

Pela definição o tempo preenche mas a experiência diz-me que ele esgota.
A duração
que medeia duas batidas do coração
que separa uma lágrima de um sorriso
que divide a vida da morte
que defende a unidade do todo
que colapsa a unidade no todo

Por que esperas ó tempo, tu, que sempre foste o que virás a ser?

esperas que passe, não é?!
porque o tempo cura tudo... até a passagem do próprio tempo...