sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

NEUropa

A União Europeia está moribunda. Está a saque. E não vale a pena culpar os americanos, ou os chineses, ou os bancos. A União Europeia fez-se pela força e pela vontade da liderança e desfaz-se agora pela fraqueza, pelo desespero e pelo desnorte da liderança. Houvesse uma liderança forte e a crise poderia ter sido contida no seu início. Mas quem tem um colégio de líderes composto por um tipo que precisa de um  banquinho para se sentir homem, uma tipa que só não abandona o barco porque lhe convém mais manter uma situação de coma que abandonar a carcaça aos abutres, um outro que é mafioso e está mais preocupado em alimentar de viagra meninas com idades duvidosas do que gerir o seu próprio país, só tem o que merece. Dos outros nem vale a pena falar porque só fazem número e tristes figuras, que é o que está reservado a quem faz número sem saber fazer contas.

A Europa está condenada se não se reavivar a vontade política de a recriar. Porque esta Europa decrépita, a estalar de velha por todos os lados, comida pelo caruncho, tem o cheiro a mofo das velhas salas de cinema onde já só passam os filmes que ninguém vê.

O lema dos mosqueteiros de Dumas, se alguma vez teve eco real na Europa política, já não reverbera além-fronteiras porque a ameaça do comunismo já definhou e o medo da guerra também não tira o sono a ninguém. Falta um objectivo comum, um ideal suficientemente importante que una a Europa. Enquanto tal não acontecer e for o dinheiro a mandar na política, a Europa não passará de um puzzle onde as peças não encaixam.

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